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Quais são as maiores ameaças aos biomas brasileiros?

O Brasil possui uma grande extensão territorial, e, por esse motivo, possui diferentes climas e particularidades de relevo e vegetação, o que faz com que existam vários ecossistemas em sua extensão, e cada um possua sua biodiversidade em fauna e flora, hidrografia, etc. Dentro dos seis biomas brasileiros (a Amazônia, o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga, a Mata Atlântica e os Pampas) está grande parte da biodiversidade mundial, e, embora a preservação desses ecossistemas seja muito importante para o equilíbrio biológico de todo o planeta, eles estão sendo cada vez mais ameaçados por atividades antrópicas associadas à expansão econômica. A Mata Atlântica e o Cerrado, por exemplo, são listados como “Hotspots” de biodiversidade brasileiros - regiões com riqueza e biodiversidade abundante, mas que são priorizados em questão de conservação devido aos grandes riscos de extinção e/ou degradação que enfrentam.


Uma das principais ameaças aos biomas brasileiros é a expansão agropecuária, que aflige principalmente o Cerrado e a Amazônia.

Porto Velho, RONDONIA. Imagem aérea de gado em área desmatada próxima a Porto Velho. 07 de agosto de 2020. (Foto Bruno Kelly/Amazônia Real)


As demandas por produtos agrícolas e pecuários que crescem gradativamente junto do aumento populacional e de padrões de consumo -neste caso alimentícios- baseados no desperdício, contribuem para a conversão da vegetação natural desses ecossistemas em áreas de lavoura e pastagens. “Passar a boiada”, tal como disse o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em abril de 2020, fazendo alusão a simplificação e eliminação de normas que asseguravam a proteção de áreas de conservação (como nos biomas) e apoiando a expansão pecuária nessas áreas.


Todas as ameaças que ocasionam o desmatamento dessas áreas (queimadas, devastação para agropecuária, desertificação, extração de madeira, etc) influem na perda da biodiversidade local, direta e indiretamente, na extinção de animais silvestres e em um processo de degradação e erosão do solo da região.


Boa parte das queimadas na Amazônia é consequência do desmatamento resultante da expansão agrícola, grilagem de terras, especulação e produção insustentável de commodities

(WWF-Brasil)


Para além das ameaças mais constantemente discutidas que os biomas enfrentam (como os efeitos das mudanças climáticas, a caça ilegal e a pesca predatória que existe dentro dos seus limites), a mineração e a construção de megaprojetos de infraestrutura (como hidrelétricas, barragens e rodovias) também são grandes vilões na conservação desses ecossistemas, e que são sumariamente defendidos pela expansão econômica.


As atividades mineradoras e extrativistas são uns dos principais fatores de contaminação de solo e água nessas regiões, de erosão dos solos e assoreamento de cursos de água, já que essas atividades são acompanhadas de risco de vazamentos e despejo de resíduos nocivos/tóxicos. O caso de rompimento das barragens da Vale em Mariana (MG) (em novembro de 2015) e em Brumadinho (MG) (em janeiro de 2019), são lembrados até hoje pelo desastres causados a conjuntura do ambiente, tanto pelos impactos ambientais (vazão de uma lama tóxica para o rio) quanto pelos impactos na vida de centenas de famílias que moravam na região e sofreram com a morte de familiares e demais efeitos na vida cotidiana.


Quebra da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG)

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil


Todos os biomas brasileiros estão em estado de vulnerabilidade devido essas ameaças e precisam, urgentemente, da promoção de ações de conservação, planejamento, iniciativa e conscientização de todas as partes interessadas e afetadas, como o governo, as empresas, instituições e a sociedade civil, pois apenas desta forma é possível garantir a integridade do meio ambiente e a preservação de toda a sua riqueza biológica, que possui uma significância imensurável para todas as instâncias sociais e para o meio.


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