Por que usar sacolas reutilizáveis?

Biomas Gestão e Educação Ambiental
2 de jul. de 2021
3 min de leitura

Com o desejo de criar um material sintético que substituísse os naturais para o desenvolvimento de uma produção em escala industrial, o plástico foi inventado e aperfeiçoado ao longo dos anos para ser um material leve, barato e resistente. Tão barato que grande parte dos produtos são descartados após o primeiro uso e tão resistente que demoram entre 400 e 500 anos para se decompor.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), anualmente são produzidos mais de 400 milhões de toneladas de plástico no mundo e, destes, apenas 9% são reciclados, 12% são incinerados e 79% são destinados a aterros ou ao meio ambiente. Se a maior porcentagem do plástico vai para a natureza, qual o impacto dessa produção predatória e desse consumo desenfreado?

Só visando os oceanos, segundo uma pesquisa publicada em 2020 pela agência científica CSIRO’s Oceans and Atmosphere, há 14 milhões de toneladas de plástico no fundo dos oceanos e, de acordo com uma publicação de 2021 da revista Nature Sustainability, 80% do lixo encontrado nos oceanos é composto por plástico.

Para piorar, um estudo de anos atrás, publicado na revista científica Marine Policy, mostrou que o plástico já foi encontrado no local mais profundo dos oceanos, na remota Fossa das Marianas, que possui 10.984 metros de profundidade (cabe o Monte Everest, maior montanha da Terra, e ainda sobra espaço!).

Registro de sacola plástica situada a 10.898 metros na Fossa das Marianas. (JAMSTEC).

Essa quantidade exorbitante de lixo está tomando proporções alarmantes, ameaçando a vida selvagem, prejudicando os sistemas naturais e, consequentemente, afetando a vida humana, visto que a presença de microplásticos em órgãos e tecidos humanos, como pulmões, fígado e placenta já é uma realidade. Ademais, seguindo esses passos, acredita-se que em 2050 o mar terá mais plástico do que peixes.

Hienas procurando alimento em um aterro de Harar, Etiópia. (Brian Lehmann)

Tartaruga confunde sacola plástica com água-viva. (Troy Mayne).

Pois então, é possível reverter esse cenário? Provavelmente não. Entretanto, podemos fazer a nossa parte lutando por pautas sustentáveis e reduzindo o consumo de plástico para, assim, diminuir seus efeitos desastrosos. Por exemplo, utilizando utensílios reutilizáveis no cotidiano para que não haja o descarte de itens plásticos de uso único, evitando a compra de produtos plásticos desnecessários e repensando seu consumo. Para tanto, visando reduzir consumo de plástico, desde 2011 o movimento Julho Sem Plástico incentiva as pessoas a passarem o mês evitando, recusando, e repensando sobre os resíduos plásticos em busca de uma transição ecológica. De acordo com a fundação Plastic Free July, em 2018, 120 milhões de pessoas de 177 países diferentes participaram do movimento. Então, leitor, convidamos você para participar dessa iniciativa. Vamos juntos fazer parte da mudança?

Pensando nessa questão, a BIOMAS possui três tamanhos de saquinhos de organza para venda, que possibilitam a substituição de sacolas plásticas e podem ser utilizados das mais variadas maneiras, como para embalar presentes e lembrancinhas, ensacar frutas e legumes no mercado, guardar adereços, servir de organizador e muitas outras coisas, sendo possível até bordar no saquinho para deixá-lo mais a sua cara (vai da sua imaginação!).

Os saquinhos de organza são uma ótima opção para começar a deixar as sacolas plásticas de lado e partir para uma vida mais sustentável. Eles são úteis, leves, acessíveis, não rasgam facilmente, podem ser reutilizados inúmeras vezes, são fáceis de higienizar e são eco-friendly.