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O que é compostagem e como pode ser feita

Olá leitor,


Voltamos com mais uma publicação sustentável e uma dica maravilhosa para você! Anteriormente, falamos um pouco sobre reciclagem e coleta seletiva. Continuando com a pegada de dar atenção aos resíduos que produzimos e descartá-los da melhor forma possível, vamos te orientar a respeito do seu lixo orgânico!

O que é compostagem?

A forma de reciclar e reutilizar os restos orgânicos do que comemos é a compostagem. Esta é uma técnica que, a partir de um processo natural, nos possibilita reinserir os nutrientes destes resíduos no seu ciclo natural por meio da decomposição da matéria orgânica. Isso ocorre por conta da ação de microrganismos, como fungos e bactérias. No final do processo, esse material é transformado em húmus, muito rico em nutrientes e fértil, que é utilizado como adubo. Portanto, além de garantir um destino ecologicamente correto para seu lixo, você ainda gera um produto final útil, além de outras vantagens que vamos mostrar ao longo do texto.



Por que compostar?

Você pode estar pensando que o lixo orgânico não é um grande problema, tendo em vista todos os outros materiais (como o plástico), que demoram muito tempo para se decompor e que não são produtos naturais. Porém, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 55% do lixo produzido no país é composto por resíduos orgânicos. Este lixo geralmente vai para os aterros e lixões e são soterrados e impedidos de sofrer a sua biodegradação. Em razão disso, causa mau-cheiro e a liberação de gás metano (gás de efeito estufa 23 vezes mais destrutivo que o gás carbônico) e chorume.

Dessa maneira, ao compostar seu lixo orgânico você estará contribuindo efetivamente para a diminuição do lixo nos aterros, que sabemos ser sobrecarregados, além de todo o trabalho e energia gastos no transporte desse lixo. Como consequência positiva dessa diminuição, evita-se a contaminação dos solos, dos lençóis freáticos e atmosfera. Somado a isso, você vai produzir adubo e fertilizante de forma natural e gratuita: o chorume, um dos produtos finais, que escorre da composteira é um excelente biofertilizante.

E imagina só, uma compostagem doméstica pode gerar economia, já que você não vai precisar comprar adubo para suas plantas e ainda, quem sabe, vender esse adubo para quem tiver interesse. Pode ser ainda mais vantajoso economicamente para empresas, se tiverem que pagar para coletar o lixo.


Como fazer a compostagem?

Existem empreendimentos que vendem as composteiras e kits para a compostagem que tornam o processo bem mais simples e você só precisa montar com o material. Mas é bem possível e mais barato fazer você mesmo. Lembrando de tomar todo o cuidado se precisar sair de casa para a compra dos materiais nesse momento, hein! Para mostrar como é simples e incentivá-lo a começar a compostagem dos seus resíduos, trouxemos um passo a passo bem explicado adaptado do site Catraca livre, confira a seguir:


“5 passos simples para fazer uma compostagem doméstica:

1. Escolha um recipiente.

Escolha um espaço ao ar livre e um recipiente para depositar seu composto. Pode ser uma lata de lixo grande ou um balde de plástico, por exemplo. Outras opções são recipientes plásticos reutilizados ou galões de água de 5 litros. É importante que você faça furos no fundo do recipiente para que o chorume (material orgânico em decomposição) possa passar.

Embaixo da composteira deve haver outro recipiente para armazenar o chorume. Pode ser uma bacia mais rasa, por exemplo. É importante que não fique em contato direto com o recipiente de cima, para que o chorume consiga escorrer.

2. Recolha os resíduos da sua casa.

Recolha os resíduos orgânicos da sua cozinha e jardim e misture os materiais. É necessário ter duas vezes mais resíduos marrons (serragem, folhas secas, papelão e folhas de jornal) do que verdes (frutas, vegetais, grama, borra de café). Esse equilíbrio é importante, uma vez que os elementos marrons são ricos em carbono, enquanto que os verdes contribuem para a mistura com nitrogênio.

Além disso, seu composto também precisa de oxigênio e umidade. Caso o material fique muito seco, pode acrescentar um pouco de água para umedecer.


3. Distribua o material na composteira.

Para acelerar o processo de decomposição, você deve distribuir o material em camadas: uma de nitrogênio (material úmido) para três camadas de carbono (material seco, como folhas, papelão e serragem). Para diminuir ainda mais o desperdício, talvez seja interessante que o material seco seja de folhas secas caídas ou jornais antigos.


4. Espere a mágica acontecer.

Ao longo das próximas semanas, você vai ver os seus restos de comida se transformarem em solo. Seu composto estará pronto quando tiver aspecto e cheiro de terra. Lembre-se que ele não é um substituto para o seu solo, mas, sim, age como um fertilizante natural para nutri-lo.”


Para não restar dúvidas, vai mais umas dicas:

Procure adquirir recipientes do mesmo tamanho, para facilitar na montagem. É melhor que se tenha um terceiro, pois quando um estiver cheio do material, você coloca o outro por cima. Uma medida sugerida são caixas com tamanho de 30 x 40 x 15 cm de altura para famílias com até duas pessoas, mas podem ser baldes grandes, ou até recipientes menores, dependendo de quanto resíduo se produz ou se você mora sozinho(a). É importante que tudo esteja fechadinho para evitar insetos e outros animais, além de mau cheiro.

Além da serragem e folhas secas é interessante colocar terra para facilitar o processo, principalmente pela umidade.

Outra sugestão é adicionar húmus de minhoca (opcional) encontrado facilmente em lojas de jardinagem, ou ainda você mesmo colocar minhocas, que são muito utilizadas pois revolvem o material e aceleram bastante o processo. Mas só com a terra, os microrganismos já agem e a mágica acontece. Lembre-se, caso não tiver as minhocas, de dar uma mexida manual no material, pelo menos uma vez por semana e sempre que adicionar novos resíduos.


Agora que está pronto(a) para fazer sua composteira, se atente para o que pode colocar nela:

Podem ir para a composteira restos de alimentos como talos; casca de verduras, frutas e casca de ovo; borra de café e podas de grama e folhas (excelentes fontes de nitrogênio); serragem e folhas secas, pois a serragem sem verniz e as folhas secas ajudam no equilíbrio, já que são ricos em carbono e evitam o aparecimento de animais indesejados e do mau cheiro; os alimentos cozidos e assados podem ser usados em pequenas quantidades, não pode haver excesso do sal e conservantes dos alimentos processados e ao adicioná-los precisa-se colocar bastante pó de serra em cima para conter a umidade em excesso. Também podem ir os rolinhos que sobram do papel higiênico, filtros de café e papelão, lembra da caixa da pizza que não pode ir para reciclagem? aqui ela entra.


Não pode ir na composteira as frutas cítricas (laranja, abacaxi, limão, etc.), alho, cebola e suas cascas, ou pelo menos, serem evitadas ao máximo, pois estas são muito ácidas e podem alterar o pH da terra (no caso de houver minhocas); fezes de cães e gatos, pois podem conter parasitas e vírus; os alimentos derivados de leite, carnes, derivados de trigo, pois a decomposição é lenta, causa mau cheiro e atrae organismos indesejáveis; nozes pretas, pois contém substância tóxica para alguns tipos de plantas.


Lembrando, a serragem utilizada, que absorve a umidade, não pode ser tratada se você usar minhocas, pois as substâncias químicas podem prejudicá-las. Se atente também, com o que pode fazer mal para as plantas que serão adubadas depois. O carvão vegetal, por exemplo, possui grandes quantidades de enxofre e ferro que, em excesso, prejudicam as plantas. E se você colocar folhas com doença, pode passar para as plantas saudáveis.


A seguir, deixamos indicações de vídeos que podem ser úteis para você quando for montar sua composteira:


Enfim, este é mais um passo para você reduzir o seu lixo e, assim, seu impacto negativo no meio ambiente. Cada pequena ação é sempre muito bem-vinda! Esperamos ter ajudado e sanado suas dúvidas a respeito da compostagem, se ainda restar alguma entre em contato para conversar conosco, faremos o possível para esclarecer. Se achou interessante este texto, mande ele para alguém que possa gostar. Afinal, disseminar informações úteis e seguras ajuda muito na luta pela preservação do meio ambiente.

Até a próxima!


 
 
 

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